sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A EXISTÊNCIA DE DEUS - 06

Acabo hoje de colocar neste blogue o texto do P.e Mariano Pinho. Junto à mensagem a sua fotografia.

A toda esta multidão de provas quis Deus ajuntar outras de ordem superior, mais eficazes e convincentes, para que ninguém tenha desculpa da sua ignorância. Veio em auxílio da razão que tão facilmente se obnubila, com a revelação sobrenatural, com milagres, com profecias; veio Ele mesmo em pessoa à terra a encarnar, feito Deus-conosco, para que o pudéssemos ouvir, conversar e tratar e ao ausentar-se, deixou como testemunho imorredoiro da sua passagem pela terra e com missão de continuar a ensinar a sua doutrina, a Igreja.
A Igreja! Ela aí está a dizer, melhor que nenhuma outra obra na terra, que Deus existe; e lança à impiedade de todos os tempos este desafio: Des­truí-me, se sois capazes! Em vão o tentareis; fez-me Deus indestrutível, para através de todos os tempos e de todas as nações ficar a ensinar bem alto ao mundo quem é Deus.
Há uns cinquenta anos morria em Innsbruck um distinto Professor da Universidade. No leito da ago­nia expressava: «agora vou morrer; morro porém como católico fiel à Fé e à Igreja». Depois de rece­bidos os sacramentos, acrescentou: «sabedoria, honra, brilho, riqueza tudo isso é nada sem a fé; tudo isso é nada, se não vem de Deus e se não volta para Deus. Só a fé mantém o homem direito na vida e na morte e isto vale para os particulares e vale sobretudo para as famílias» [1].
No dia do nosso baptismo perguntaram-nos: «Crês num só Deus?» Creio! responderam por nós os padrinhos. Chegada a primeira comunhão solene repetiram-nos a pergunta e respondemos já por nós mesmos: Creio!
Hoje, hora de impiedade e de crime em que se divide o mundo em dois partidos: os que são por Deus e os que são contra Deus, põe-se-nos de novo e urgentemente a interrogação: Crês num só Deus? A resposta tem que ser um grito da alma e de todo o nosso ser; um brado que ecoe na terra toda como um protesto e suba ao céu em acto solene de repa­ração à glória de Deus ultrajada: Credo: Creio!

[1] Presspredigen, 4 Helft, 1913.

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